A logística de armazenagem de mercadorias pode ser bastante desafiadora, especialmente, se você tiver milhares ou milhões de produtos disponíveis para venda. É preciso registrar e controlar com precisão as movimentações de estoques dos diferentes bens que a empresa armazena, distribui e comercializa. Para isso são usados SKUs.
Neste texto, vamos falar sobre SKUs, o que são, suas principais vantagens e de que formas eles podem ser aplicados dentro do seu modelo de negócio. Convidamos você a acompanhar com a gente!
Sumário
1- O que são SKUs?
2- Diferença entre SKU e código de barras
3- Principais vantagens dos SKUs
4- Importância dos SKUs
5- Como criar um código SKU?
6- Dicas e cuidados ao criar SKUs
7- Exemplos de SKU
8- Conclusão
O que são SKUs?
SKU é a sigla para Stock Keeping Unit ou Unidade para Manutenção de Estoque, em tradução livre para o português. O SKU é basicamente um código único que designa um determinado produto dentro do estoque das empresas. Cada produto possui o seu SKU individual, o que assegura a precisão do controle das mercadorias.
Isso quer dizer que eles podem ser códigos com vários dígitos, de acordo com a variedade de produtos que a empresa oferece. Pense em um smartphone, por exemplo, que seja vendido nos modelos 32 GB, 64 GB e 126 GB de armazenamento. Mesmo sendo o mesmo tipo de aparelho, cada um dos modelos terá o seu próprio SKU.
Diferença entre SKU e código de barras
O SKU e os códigos de barras dos produtos são dois códigos usados para classificar as mercadorias, mas eles possuem uma grande diferença: o padrão de estabelecimento dos códigos.
O SKU é um código único para cada empresa. Como diferentes empresas oferecem diferentes tipos de mercadorias, elas atribuem SKUs para seus produtos da forma que julgar mais convenientes. Pense, por exemplo, em um empreendimento que vende apenas 10 tipos de mercadorias. Ela não vai precisar de um código com 13 dígitos, mas apenas dois ou três.
Já os códigos de barras dos produtos possuem um padrão praticamente universal de registro, chamado de EAN. O EAN foi desenvolvido na Europa, mas hoje é adotado por quase todo o mundo. É por isso que mercadorias industrializadas já vem de fábrica com códigos de barras e um número atribuído a cada uma delas. O código é o mesmo para a sua empresa, para os concorrentes e para outros países, caso o produto também seja vendido no exterior.
Principais vantagens dos SKUs
O uso de SKUs pode trazer grandes vantagens para as empresas, como:
- Eficiência no controle do estoque: cada produto possui o seu código único. Isso facilita a inscrição do produto nos sistemas de gestão da empresa. Pense: é muito mais fácil gerar um produto com código CEL1234A do que “Smartphone Samsung A23 preto 32 GB”.
- Agilidade na expedição: com o uso dos códigos, na hora de expedir seus produtos fica muito mais fácil identificar qual mercadoria exatamente deve ser despachada. Isso é particularmente importante quando consideramos e-commerces e marketplaces, empresas que podem ter dezenas de milhares de SKUs.
- Organização do espaço físico: o estoque físico fica mais otimizado com os SKUs porque muitas empresas, como você verá adiante, não escolhem o formato do código à toa. Elas usam fatores como localização do produto no armazém, taxa de rotatividade, custos e outros fatores para atribuir uma posição estratégica para essa mercadoria.
- Redução de erros: códigos facilitam buscas digitais e evitam erros humanos ou tecnológicos na gestão do estoque. Um erro de compra, venda ou despacho pode representar muito dinheiro em prejuízo.
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Importância dos SKUs
Os SKUs são muito importantes para os modelos de negócio digitais que comercializam produtos. Veja três formatos nos quais os SKUs são muito utilizados e de que maneira impactam a sua atuação.
Para vender em marketplaces
Quando você vai vender em um marketplace, você está comercializando em uma base de dados que já existe, em uma plataforma já consolidada com suas próprias regras. Isso significa que você provavelmente usará os SKUs já estabelecidos no marketplace, a fim de padronizar os tipos de mercadorias e seu gerenciamento.
Se o produto que você vende no marketplace ainda não está presente na base de dados, serão usados padrões já existentes de bases de dados para atribuir um código novo à sua mercadoria.
Para ter sua loja virtual
Na sua loja virtual, você pode criar o seu próprio SKU de acordo com as suas necessidades e a variedade de produtos oferecidos em sua loja. Lembre-se apenas que, quanto mais produtos ofertados, mais SKUs devem ser elaborados. O que muitas lojas virtuais fazem é copiar a metodologia de SKU de outras empresas, o que nem sempre dá certo, mas pode ser um bom começo.
Para criar seu marketplace
Para criar o seu marketplace, recomendamos que você também desenvolva a sua metodologia de códigos SKU. Não apenas para compreender as suas variedades de produtos, mas também considerando a possibilidade de que os sellers de sua plataforma ofereçam novos produtos ainda não cadastrados no seu SKU, demandando um formato lógico para que as mercadorias não inscritas possam integrar a base de dados de maneira estratégica.
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Como criar um código SKU?
Não existe uma regra única para a criação dos seus códigos SKU. Mas algumas boas práticas podem ser muito úteis para criar códigos únicos. Veja:
- Faça códigos que fiquem mais complexos conforme a necessidade: se você vende poucos tipos de produtos, um código de poucos algarismos deve fazer o serviço. Agora, se você tem milhares de produtos, pode ser interessante criar um código alfanumérico, ou seja, com letras e números.
- Não use caracteres especiais: lembre-se que SKUs são lidos por máquinas. Ao colocar caracteres especiais como barras, traços, aspas e afins, você pode confundir toda a lógica de indexação dos códigos. Fique com letras e números.
- Use códigos que podem ser compreendidos por humanos: não gere códigos aleatórios por algum tipo de ferramenta randômica. Estabeleça uma lógica para os produtos que, em caso de necessidade, você também possa entender.
Dicas e cuidados ao criar SKUs
Além dos cuidados que mencionamos antes, também há algumas dicas que você pode seguir para simplificar os seus SKUs.
Por exemplo, uma dica é atribuir prefixos. Muitas empresas fazem isso: utilizam abreviações de três letras no começo do código para definir qual produto é aquele. “CEL” para celular, “CAL” para calçados, “CHO” para chocolates e por aí vai.
Os números usados para designar cada produto podem ser organizados da forma que você preferir. Uma prática muito comum é:
Prefixo de 3 letras + um ou dois algarismos para a marca + um, dois ou mais algarismos para o modelo e uma letra ou algum número para designar algum tipo de edição especial, caso necessário.
Outro cuidado óbvio para a sua empresa é assegurar que os códigos SKU estão sendo cadastrados com precisão no seu software de gestão de estoque. Se enganar de códigos ou erros correlatos pode ser um problema sério para o seu negócio.
Exemplos de SKU
Veja um exemplo prático de SKU aplicado a uma calça jeans:
LEVJNSL36VD
- LEV se refere à marca LEVIs
- JN se refere a Jeans
- SL é o corte da calça (straight leg)
- 36 é o tamanho
- VD é a cor verde
Agora, um exemplo mais simples:
Gasolina aditivada em um posto de gasolina
GAS02D
- Neste caso, GAS se refere à gasolina.
- O número 02 diz respeito ao tipo aditivada (comum é 01).
- O D se refere à gasolina comercializada à vista (se fosse à prazo, seria C).
Conclusão
Os SKUs são práticos de se utilizar e podem trazer resultados muito relevantes para o seu negócio. Se você possui um marketplace ou outro tipo de negócio digital, recomendamos que você aplique essa tecnologia também no seu empreendimento. Você verá que a implementação não é tão custosa e o retorno é certo. Esperamos que esse conteúdo tenha sido útil!
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